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02/05/2020

A necessidade do nada - Pr. Pedro R. Artigas

A necessidade do nada - Pr. Pedro R. Artigas

A necessidade do nada

Pr. Pedro R. Artigas

 

É interessante como acreditamos que precisamos de tudo, todas as coisas são necessárias para nós. Achamos até que algumas são de extrema necessidade, quando na verdade não aguentariam a três perguntas cruciais: realmente necessito? Qual a importância dessa necessidade? E por último qual a utilidade dessa necessidade para nós?

Se não conseguirmos responder às essas três simples perguntas essa importante necessidade torna-se uma necessidade do nada. Mas nunca nos fazemos essas perguntas e nos entulhamos de coisas que nunca iremos usar ou ter alguma prática necessidade.

Imaginemos agora quando vamos viajar, levamos diversas malas com roupas e produtos que nunca iremos usar, é peso morto e que nos atrapalha até na locomoção. Conheço pessoas que levam de 3 a 4 malas quando vão à praia, ali tem roupas de verão, inverno, festa, além é claro de inúmeros e diversos tipos de maiôs, biquinis, e no caso de homens de sungas, bermudas, calças, camisas, paletós, paletós? Na praia? Sapatos também de diversos tipos, cores e modelos, outros vão para hotéis e levam toalhas, secadores de cabelo, para as mulheres milhares de cores de maquiagem, batons, esmaltes, lixas, enfim uma parafernália que nunca será usada, vão e voltam do passeio sem terem sido sequer tiradas das malas.

Jesus no Evangelho de Lucas capítulo 10, versículo 4 ensina: “Não levem bolsa nem saco de viagem nem sandálias; e não saúdem ninguém pelo caminho”. O Senhor nos ensina da obrigatoriedade de deixarmos de levar bolsas, sacos de viagens e nem sandálias, de andarmos somente com poucas roupas para que possamos caminhar mais rápidos na pregação da Santa Palavra, e porque nós infelizmente não obedecemos essa ordem e usamos na vida espiritual o mesmo expediente que usamos na vida normal? Acreditamos que precisamos levar muitas coisas desnecessárias, temos medo de diminuir o tamanho da mala e não estarmos preparados para alguma ocasião.

E qual seriam essas ocasiões? Quando nos deparamos com pessoas que nos machucaram ou nos fizeram mal, então precisamos abrir nossas malas de mágoa, amargura, frustração e despejar tudo em cima do desafeto, como se ao tentar esvaziar nossas malas, nos sentiríamos melhor. Mas infelizmente é ledo o engano, porque depois de despejarmos toda nossa mala no nosso algoz, voltamos e pegamos tudo e enchemos as malas novamente, e voltamos a carregá-las, e afirmamos que essa é nossa carga que precisamos levar. E por desconhecimento ou proposital esquecemos das palavras de Jesus no Evangelho de Mateus capítulo 11, versículos 29 e 30: “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas.Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo e leve”.

Então podemos ver que nossas vidas espirituais também estão tão abarrotadas que muitas vezes nos impedem de ver como é bela a vida, sem enfermidades que nos atacam e maltratam. E que podem se transformar em doenças que podem nos derrotar fisicamente. O Apóstolo Paulo nos fala em sua carta aos Gálatas capítulos 5, versículos 13, 14,16 e 17: “Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; pelo contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor.Toda a lei se resume num só mandamento: "Ame o seu próximo como a si mesmo".Por isso digo: vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne.Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne.Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam”.

Amados e amadas, sigamos as palavras simples de Jesus e do Apóstolo Paulo, busquemos o jugo de Jesus que é andar sem as malas pesadas que vamos carregando ao longo de nossas vidas, e por fim, nas palavras de Paulo, não permitamos que o câncer das más ações da carne nos contaminem de maneira que nossa vida não tenha alegria, e não consigamos ver as maravilhas que Deus nos tem preparado. Deixemos de carregar as nossas necessidades do nada, para carregarmos as necessidades da Graça e do Amor de Jesus primeiro para nós, depois para irradiar aos outros. Shalom.

Fonte: Pr. Pedro R. Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Pr. Pedro R Artigas

Escreve sobre Contato Pastoral

Pedro Rivadavia Artigas

Pastor Metodista formado em 1985 pelo CEMETRE

Especializado em Aconselhamento Familiar

Formado em Técnico Químico em 1969 - Colégio Osvaldo Cruz - SP

Especialização em Marketing pela ADVB - SP em 1974

Atualmente aposentado Cultivando Orquídeas

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